A Know2Grow está em destaque na edição desta semana da revista Valor, que aborda a celebração dos 10 Anos da empresa com uma carteira de clientes sólida e a certeza de que conseguiu ser uma empresa de Contabilidade e Consultoria “colorida” na vida dos seus clientes. A revista integra uma entrevista a Luciano Rodrigues, CEO da Know2Grow, de olhos postos na “otimização de processos e continuação da construção de relações de proximidade e confiança com os clientes”.
Um trabalho que pode ler nesta ligação ou nesta página, já de seguida, estando a revista disponível para consulta neste link.
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Entrevista a Luciano Rodrigues
A Know2Grow foi criada para ser distinta das restantes empresas de Contabilidade e Consultoria. Em que aspetos se distinguiu das demais, nestes últimos 10 anos?
Quando eu decidi criar uma empresa de contabilidade, num passo natural na minha evolução profissional, resolvi preocupar-me mais com outro lado que não o técnico, porque esse lado eu sabia que estava assegurado. A imagem, comunicação, proximidade… “Uma empresa de contabilidade com cor” era o que tinha na cabeça. Garantidamente, acho que passados 10 anos, temos conseguido, pelo que conseguimos avaliar pelo nosso desempenho e pelo feedback dos clientes.
As empresas de contabilidade eram sempre muito cinzentas. Havia alguma necessidade de distanciamento entre o cliente e o contabilista, uma necessidade de passar a ideia de que o trabalho era muito sério… e não deixa de o ser por sermos mais próximos ou menos formais, mas não há necessidade de ser monótono, nem de sermos apenas aqueles que enviam emails a dizer que é preciso pagar algo.
Por isso, essa preocupação levou-me também a pensar os recursos humanos, porque esta era uma área de atividade onde as pessoas tipicamente não se sentem valorizadas, não se sentem particularmente motivadas com o dia a dia de trabalho, … Esse “cinzentismo” era algo que eu queria garantidamente afastar. Isso tinha de ser transversal e era essencial.
Hoje, 10 anos depois, o panorama é diferente. Literalmente ter cor é importante – e o nosso escritório é prova disso -, mas é importante também sermos coloridos metaforicamente – importa ter boa comunicação, uma proximidade grande com os clientes e sermos curiosos, porque ser curioso, em Contabilidade, significa ir para lá da fatura do cliente. A nossa primeira preocupação tem de ser perceber o negócio do nosso cliente. Isso traz cor aos nossos dias, alarga-nos horizontes e permite-nos desenvolver melhor o nosso trabalho. É por isso que a curiosidade é importante. A curiosidade é também o que nos faz querer aprender, que nos faz querer fazer coisas diferentes, que nos faz questionar a forma como fazemos as coisas e perceber se não existirá outra forma – mais fácil e eficiente – de obter os mesmos resultados.
É importante esta ideia de personalização? Este foi um fator diferenciador a juntar à curiosidade, à vontade de aprender e a fazer melhor?
Há 10 anos, existia uma diferença imensa na forma como o nosso trabalho era olhado pelo cliente estrangeiro e pelo cliente nacional – para o cliente nacional nós éramos uma obrigação, para os clientes internacionais nós éramos um parceiro.
E isso mantém-se ainda hoje com o cliente estrangeiro; o cliente nacional já tem mais abertura, sobretudo se nos focarmos na geração mais jovem. A nossa postura também ajuda, pois tentamos estar disponíveis para os nossos clientes e procuramos ir além, colocando clientes em contacto quando o que uns procuram é o que outros podem oferecer. Mas isso implica que eu conheça os negócios dos meus clientes, que eu seja próximo deles e que seja proativo e, às vezes, no meio de todos os prazos que nós temos a cumprir, não é fácil.
Em certa medida, esse é um dos grandes desafios que nós ainda temos e que tentamos otimizar, que é, conseguirmos, por um lado, tecnicamente, fazer um trabalho de excelência, cumprindo prazos, mas por outro ter essa disponibilidade. Conjugar as duas coisas não é fácil porque todos sabemos os prazos apertados que temos, pouco pensados, a que se junta a fraca resposta das plataformas oficiais, muitas vezes indisponíveis ou com sérios constrangimentos.
Na entrevista anterior que realizámos, teve oportunidade de destacar o funcionamento da Know2Grow, a nível dos seus recursos humanos, já que todos tinham oportunidade de exercer diversas funções distintas, crescendo desta forma profissionalmente. Este modelo de trabalho mantém-se?
Os RH são uma grande preocupação dos dias de hoje: atraír e reter talento diria que é o grande desafio dos últimos anos, em quase todas as áreas. Desde início que sempre acreditámos que se queremos pessoas felizes e que se desenvolvam, têm de fazer um pouco de tudo, contactar com diferentes tarefas e processos. Por isso mantemos essa visão transversal do trabalho contabilístico. Nos últimos dois anos temos testado uma ligeira adaptação, as equipas de trabalho deixaram de ser fixas, porque chegámos à conclusão que essa dinâmica vai favorecer o conhecimento, porque as equipas vão contactar com realidades diferentes, diversas áreas de trabalho e negócio, o que as obriga a conhecer novos clientes e novas áreas de negócio. Essa dinâmica é importante. Além disso, cruzar pessoas entre equipas permite que se confrontem ideias e formas de fazer, o que pode levar à descoberta de novas formas de trabalhar mais eficientes.
Como define esta nova etapa da Know2Grow, ao fim destes 10 anos? Que planos existem para pôr em prática na nova década?
Nós sempre tivemos um lema: nós não queremos ser maiores, queremos ser melhores. E o ser maior é consequência do ser melhor. Neste momento, a nossa perspetiva é a de trabalhar para tornar o nosso trabalho mais eficiente, otimizar formas de trabalho e fazê-lo sempre com a máxima qualidade. Este é o nosso grande objetivo – Organização e Gestão de processos e procedimentos. Nesta segunda década, pelo nosso contexto mas também pela evolução tecnológica, esse tem de ser o foco principal.
Eu diria que os 10 anos são um marco de que as coisas têm vindo a ser bem feitas, e acredito que o evento de comemoração dos 10 anos foi importante para a equipa interiorizar essa ideia. Quando, em Abril do ano passado, eu disse à equipa que tínhamos uma sala no CCB, e que tínhamos de organizar o evento em 3 meses, em plena tax season, sei que havia muitas dúvidas que fosse possível. Mas o evento correu muito bem, foi também um sinal de confiança externa, contámos com a presença de um vice-presidente da Assembleia da República, dois antigos secretários de Estado, outros convidados de relevo… Organizar este evento foi desafiante e emocionante em simultâneo e deu um sinal claro à equipa: as pessoas confiam em nós ; somos capazes de fazer, em qualidade e dimensão, como os melhores.
Quanto ao futuro, nós não fazemos projetos a 10 anos. Queremos sempre fazer melhor, estamos com um foco muito grande na parte operacional, temos vindo a desenvolver parcerias como com o American Club e US Tax Consultants, e penso que nos próximos anos esse será um caminho inevitável. Lá está, ir além da contabilidade, sendo parceiros, colocando pessoas e ideias em contacto. Crescendo e aprendendo no contexto envolvente.
Por isso, acredito que se conseguirmos melhorar a nossa operação e continuarmos focados em ter uma relação próxima com os clientes e demais parceiros, o nosso negócio vai ser bem sucedido.